Poesia para o Início do ano de 2012

Inicio o ano de 2012
sem tramar planos, sem fazer pose
hoje deixo distante o pedido de aplauso
e no colo, que de leito me serve,
busco diariamente conforto.

É tempo de amar...
É tempo de dar tempo, mais tempo pra gente
É tempo de voltar para uma legião
de vontades e não passar a vontade de ser feliz.

É o fim dos tempos...
Sim, dos tempos de tristeza
E renovadas as forças, de baterias carregadas,
seguiremos juntos caminho a novas conquistas
de batalha em batalha rumo a vitória...

Me diz quem não viveu assim,
será que sabe o que é viver?

Eu quero a vida sem regra, mas não desregrada
Eu não quero cartão de ponto para o amor,
padrão de controle para amizades,
tabela de coscenos que distinguem as cores dos sorrisos
eu quero a felicidade sem prazo de validade.

Quero ser última rima do poeta,
ou o pedido de alerta do MC.
Eu quero senhoras rodopiando no chão,
fazendo freestyle, indo de baile em baile,
Tiozinhos sem bate-boca, e fazendo batidas com a boca
E, então, quando derem por si,
Eu quero a poesia lida e  ouvida sem igual
De sarau em sarau que fiquem pensadores
de queixo caídos, perdidos numa infinidade
de possibilidades, como raios de luz a atingir prismas
Seremos originais e vários.

Eu quero andar na marginalidade poética
E rondar os clássicos e no final ser eu mesmo
Um louco que olha o mundo sob lentes
Que divergem na consciência abstrata
e segue uma singular tendência

de querer ser autêntico e modernamente concreto.

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