trinta linhas depois

trinta linhas depois percebo que
Sou, só, espelho de mim mesmo
não converto o vinho,
tampouco ironizo o tempo
por ter passado ligeiro e impiedoso
os contratempos que se somam,
quase insolúveis,
os resolvo,
sem máscaras,
sem bhaskaras,
com calma,
exaspera quem achar que possuo fórmulas mágicas
a paz do ser tranquilo
às vezes é encontrada na luta diária
cobra caro o mundo,
aquele que comete falha
e sua razão se esvai,
qual fogo a consumir a palha
sou vencedor
por não dar ré,
por não ser um qualquer,
por não ficar de "migué"
e aos guerreiros de fé
sempre mando um axé,
pois com eles me mantenho de pé,
após inúmeras batalhas.
quero o bom pedaço do bolo
quem vive em meio aos lobos
não será feito de tolo,
que se satisfaz com as migalhas e ainda festeja
sem saber que há recheio, cobertura e cereja.

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