Hoje eu quero aplauso
Hoje eu quero aplauso
chega de bandeiras, pessoas e matos
o que fazemos aqui é poesia de fato
me origino da incógnita
anseio como todos pela resposta
fazer poesia é nosso barato!
então entorpeça-nos com seu pânico
sim, sim somos os últimos românticos
vamos fazer moda, ser a moda
de modo que mudaremos conceitos
status, pose respeito
deixe disso! Fotografe!
ficar calados isso sim que é gafe
solte seu grito, é dele que eu preciso
eu quero a loucura exposta
a vida pouco dura e é dura
para quem se encosta
saia do casulo bata as asas
nos encante,
e antes que eu esqueça
vou-me embora pro samambaia
respirar ar fresco
ter com os de lá um terço
de prosa, boa conversa
e por mais que eu pouco meça
esforço táctil
quero encontrar no lábio
muito aconchego
e se faço hoje despejo
de eufemismos
que ao verso só fazem confeito
saibam que movem sutis deidades
que ao ouvirem-me, ao lerem-me
logo sabem que na ênclise
o que me separa do verbo(amar) não é o hífen
mas prá que ortogramatilidades
pois pra ser bucólico
eu preciso de mais teor alcoólico
meu sentir é tão oblíquo
quão análogo se apresenta meu estilo
porém,
Vou-me embora pro samambaia
Vou-me embora pro samambaia
ter um papo cabeça
com os de lá
mas terei saudades
e cantarei a eles quantos amigo tenho cá
e se a rima por hora destoa
minha mente jamais á toa
tento ser o mesmo
e é isto que me enjoa.
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