Quase ensaio, crônica ou manifesto de um poeta





Tentando lembrar dos escritos por mim deixados na praia vou me perguntando:
_ De que valeram os escritos deletados pelo mar e os poucos publicados? _ Nada!
Esta é a resposta certa. Meus escritos de nada valem, pois não chegaram aos ouvidos da platéia não preenchem páginas, nem mil títulos com resenhas nas bibliotecas, no mais ocupam a lista de itens excluídos recentemente, quando muito a caixa de entrada entre as mensagens não lidas.
Então para que escrever?
Escrever seria a fuga, o simples despejo de palavras, sejam elas de afeto, reflexão ou raiva, sobretudo aquelas que tememos dizer frente às pessoas, as quais nutre-se algum sentimento de afeto, em geral, poemas e frases que julgamos serem de efeito, não passariam apenas de refúgio para todos os problemas, da vida, ou mesmo da humanidade, quem sabe apenas uma maneira de ser uma voz no meio da multidão, aquele que pensa diferente, que quer mostrar o que se pensa e sente, mas para tanto, publicar já teria bastado? Ter passado ao papel, já teria descarregado toda angústia, mágoa, frustração, alegria que foram poucas. Quem sabe?
Mas não.
Palavras buscam ouvintes, textos leitores, e pessoas reconhecimento, aplauso. Poucas são aquelas que se mantêm indiferentes a um elogio comentário crítico, é muito interessante ver pessoas comentando metáforas e atribuindo a elas um cem número de sentido dos mais diversos, cada qual mais distante do sentido original ou intencional da própria metáfora.A teoria já é tão antiga que nem vale mais continuar. Porém a escrita busca em sua essência ressonância, reciprocidade, alguém que esteja passando, sentindo algo de mesma intensidade, ou que no fundo apenas acredite que sente ou entende o que ali fora escrito.
Eu não me julgo maior nem menor poeta por não preencher as prateleiras das bibliotecas, as páginas dos jornais, por não ter crianças nas escolas estudando-me, procurando nos meus poemas fazer análise sintática ou quem sabe morfológica, por não ter sequer uma linha que me critique ou mesmo faça referência a um texto meu, sabe porquê? Por que não escrevo para ninguém mais, a não ser para mim mesmo, e acho que todo poeta é um pouco assim também, pois antes da idéia ir para o papel ou até mesmo depois de ir ao papel passa por ele, a decisão se aquilo tem valor artístico ou não, se compensa publicar ou não, vocês querem ler meus poemas secretos, contudo não leram ainda nem aqueles que já publiquei, sequer tiveram o cuidado de catalogar e perceber que todos que virão, ou que já passaram é só reprise do que já viram.
Viver é repetir-se de forma diferente todo dia, eu não pensava assim, na verdade eu pensava e penso só não tinha essa consciência tão clara e nítida das coisas. E àqueles que pensam que terminei, esqueçam! Pois entrarei agora com mais intensidade, e constância invadirei seu espaço sem pedir licença, mesmo! Valendo-me de toda licença poética, olha só licença para poetar? Que mundo é este, eu não preciso de licença para criar, nem tampouco, de ler bulas e receitas para ter poemas, eu sou livre “e ser livre é coisa muito séria, não se pode olhar para trás sem se aprender alguma coisa para o futuro”, e hoje eu aprendi e quis a minha maneira compartilhar com vocês.

5 comentários:

  1. Godstei muito amigo !PARABENS

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  3. Amei!
    Sinceramente é o mesmo que eu penso! Ser livre é o melhor prêmio que um poeta pode ter. Sem ter que esperar meses para ser lido por pessoas que muitas vezes utilizam os livros apenas como mais um adorno para a estante. Não! A poesia deve ser livre e voar por entre as mentes daqueles que se dispoem a olhar além do horizonte...

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  4. FERNANDES
    BOA NOITE

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  5. OLha só, adorei!
    Demorei, mas cá estou.
    Olha o meu maninho citando L'avventura e correndo pro marginal...quem diria que por detrás de tantos sonetos e métricas escondia-se essa alma livre a poetar!

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