Enleio
revelaste teu rosto
e haja posto
que foste em sonho
não mera quimera
tornaste real
o desejo
de não apenas ser
e sim estar presente
tornaste-me contente
superaste a dor
e separaste
teu estro que incendeio
do meu nexo, mero devaneio
do amor apenas o enleio
de ti vênus o braço
de troco o seio
no alto não creio
esperei-a e não veio
ao belo sou feio
me encontro no entanto
repartido ao meio
sou um verso mudo
e só me iludo
sou o in-verso
seu poema, não o leio
de reles rimas reticentes
que dizem sem quererem dizer
estou cheio
eu vivo o presente
me faço presente
só por você em mim pensar!
Fernandes Oliveira
Quando o poeta deixa se mostrar -se por inteiro em uma poesia revelando a obscuridade dos seis desejos surgi poesias como esta!
ResponderExcluirSem mais palavras deixo aqui so o agradescer de poder contemplar esse belo escrito!
Obrigada pelo presente de se fazer presente em meus momentos...
ResponderExcluirObrigada pelo deleite que tenho ao te ler...
Obrigada!
Até o próximo verso!
Parabenizo pelo texto , muito revelador e pela bela confraternização do Sarau, é muito legal ter este espaço onde momentos de rara beleza sensibilidade podem ser partilhados. abraços.Claudete
ResponderExcluirParabéns é a palavra que deixo registrada aqui, pois não encontro outra que revele o seu merecimento, talvez sucesso, mas com menos força dos meus sinais de alegria por te reconhecer como um talento nato e digno de palmas. Que seus dons sejam cada dia mais presentes. Beijos e felicidades.Seus poemas são de grande profundidade.
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