Noite memorável em Guarujá premiação do IV CONCURSO LITERÁRIO PÉROLAS DA LITERATURA DO GUARUJÁ

Fernandes, Luciana e Carlos Freitas

Na  noite de 22 de novembro Carlos Freitas e eu( Fernandes) seguimos com destino a Unaerp em Guarujá, local onde se realizaria a cerimônia de premiação do IV CONCURSO LITERÁRIO PÉROLAS DA LITERATURA DO GUARUJÁ.
A viagem foi tranquila, tirando o já costumeiro e complicado trânsito de São Vicente. Aproveitamos o tempo chuvoso e trânsito moroso para dialogar, já que era nosso terceiro encontro e o primeiro também se deu numa cerimônia de premiação
de outro concurso na Biblioteca Porto do Saber que homenageou Leni Morato, o segundo pra variar foi na Noite de autógrafos do livro Rota do Sol de Rosana Valle, ou seja, nos encontros anteriores não tivemos tempo para conversar e conhecer um pouco cada qual de suas preferências. Falamos de livros, música, comida, viagens, relacionamento familiar e afins, porém algo que falei ainda no carro ficou marcado como profecia naquela noite. Caia uma garoa e quando Carlos procurava uma melhor vaga, que fosse ao mesmo tempo próxima ao portão de entrada da universidade e sobretudo, bem localizada, pois estávamos em lugar, a nós, estranho e não queríamos nos molhar muito no caminho nem ser surpreendidos. Foi nesse momento que foi demonstrado seu receio quanto a parar distante da entrada, eu mais que depressa disparei "Levar o carro, até podem se sairmos de lá hoje com os três troféus, terá valido o seguro". Eu estava um pouco ansioso, pois fui incumbido pelo autor de interpretar sua poesia Confissões Derradeiras, a qual me identifiquei logo na primeira vez que a li. Chegamos no auditório da universidade e fomos recebidos pelo pessoal do protocolo que tomava nota dos autores que chegavam, bem como dos convidados que também assinavam um livro de presença. Feita as devidas ações protocolares e após alguns cumprimentos e apresentações, dirigi-me para o local indicado aos intérpretes das poesias. Nesse momento, percebi que não somente eu estava ansioso por ter que falar ao público e ainda mais ser avaliado por isso. Mas já que estava ali não poderia fugir e nem queria, pois o Carlos confiou a mim essa tarefa e dentre os jurados, para minha surpresa estavam três amigos também literatos, Claudia Brino, Vieira Vivo e Deise Giannini, o que não me acalmava completamente, porém sabia que teria que me superar se quisesse impressioná-los. Eu era  o décimo nono de um total de vinte a se apresentar e a cada um que se apresentava aumentava a expectativa e ansiedade. Chegou minha vez, sugeri a Lindaci, que auxiliava nas apresentações, que colocasse uma cadeira para que pudesse compor melhor o ambiente do personagem do poema que trata de um viciado em seus últimos momentos e serve de alerta e conselho para quem queira entrar nesse mundo das drogas, um caminho, muitas vezes sem volta. Tremia muito o que ajudou a passar a ideia de um viciado na "fissura", fiz a apresentação sem grandes percalços alterando apenas o script inicial e pela intensidade de aplausos me passou pela cabeça que tinha feito um bom trabalho. Isso não foi o mais interessante, o melhor veio depois quando começou a premiação um a um os  selecionados de cada categoria eram chamados e  não é que, de certa forma, acertei em cheio. Sim, o Carlos Freitas ganhou três troféus com seus textos que foram classificados na seguinte ordem:


1º lugar em CONTO FILHA ADOTIVA 
2º lugar em POESIA CONFISSÕES DERRADEIRAS
3º lugar em CRÔNICA A PRIMA VERA

Não pude conter a alegria de ter um amigo e autor de Praia Grande tão bem classificado assim no concurso e de forma exemplar. Estávamos em êxtase, embriagados pelo resultado que por mais que tenhamos cogitado era de difícil de acreditar. Logo vieram abraços, fotos e o Carlos deu até entrevista e recebeu os cumprimentos de tanta gente. Eu voltei para ele e repeti "Não falei que você ganharia os três trófeus".

Ah,  o carro continuava lá quando voltamos.





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