Exposição O Sagrado e o Contemporâneo‏ Galeria de Arte Braz Cubas abertura será no dia 17 de outubro




O espaço do Sagrado na contemporaneidade, suas formas e manifestações. Esse foi o ponto de partida para a mostra que se inicia no dia 17 de outubro, às 19 horas, na galeria de Arte Braz Cubas, 2º piso do Teatro Municipal em Santos, reunindo trabalhos dos artistas plásticos Costa Villar, José Manoel Souza Neto, Olegário Monteiro e Márcio Garrido, das bailarinas e performers Tatiana Justel e Jeanice Ferreira, e do escrito e tradutor Marcelo Rayel.

A mostra é resultado das discussões em torno de arte, dança, música, cinema, literatura e filosofia do coletivo artístico Garage. O nome do grupo veio dos encontros desses artistas, sempre ao sábados à tarde, na garagem da residência do pintor e artista plástico Costa Villas, no José Menino.

A transformação de parte da residência de Costa Villar em um pequeno estúdio e galeria marcou o início dessa trajetória. A abertura de sua casa para a exposição de seus trabalhos atraiu artistas interessados em artes plásticas e discussões acerca da arte, pavimentando o caminho que no próximo dia 17 apresenta seus primeiros trabalhos ao público.

Sempre aos sábados à tarde, artistas de diferentes origens e matizes se encontram na garagem de Costa Villar para, descontraidamente, regados a café e eventualmente vinho, discutir os rumos da arte e suas diversas linguagens. O resultado dessas discussões sobre temas como o sagrado e dispositivos presentes no contemporâneo forjaram a mostra que ocupará durante duas semanas a galeria do foyer do Teatro Municipal em Santos.

A partir de aspectos encontrados na obra O Poder do Mito, de Joseph Campbell, o grupo iniciou sua própria análise de como o Sagrado é representado nos dias de hoje. As novas interpretações de símbolos sagrados, como a instalação da Santa Ceia onde os apóstolos são representados por pinturas de peixes (símbolo do Cristianismo), em técnica tachista, que permitem ao público encontrar imagens dentro da imagem, revelam o propósito da mostra.

A presença da sacralidade em representações seculares, como o falo, símbolo da perpetuação e impulso da vida em culturas orientais, presente na obra de Márcio Garrido, imprime à mostra sua diversidade discursiva, que também inclui imagens do Espírito Santo. O artista plástico Olegário Monteiro lança mão da colagem para descrever a presença do Sagrado no ato cotidiano, onde o simples contém a complexidade da ligação do Homem com o que lhe é superior, através de seu conjunto de máscaras.

O mestre e professor José Manoel Souza Neto marca seu retorno nessa mostra com obras que remetem ao Barroco e a uma nova narrativa do gótico dentro da contemporaneidade. Utilizando a técnica de pintura e patchwork, com materiais diversos, que vai do tecido ao pau-brasil, José Manoel coloca o Sagrado em prisma histórico, coletando e revisitando a trajetória do Sagrado dentro das artes, impulsionando o tema na ocupação de um novo espaço, mas remetendo o público aos índices comuns e conhecidos da arte sacra.

Na abertura do dia 17 de outubro, e ao longo das duas semanas de mostra, as bailarinas e performers Tatiana Justel e Jeanice Ferreira, apresentarão a força da dança em apresentações onde o corpo e os gestos encarnam o Sagrado como presença da graça, o belo em movimento. 

Através de símbolos e ícones em suas coreografias, e com a participação de Olegário Monteiro em uma delas, as bailarinas expandem a possibilidade da dança como instância do Sagrado, como encarnação inclusive de conceitos mais abstratos acerca do Sagrado e do Contemporâneo.
Jeanice Ferreira e Tatiana Justel apresentarão diferentes trabalhos autorais também aos finais de semana, ao longo do período de exposição. Além do Sagrado e do Contemporâneo, as bailarinas assinam novas proposituras para a dança e a performance.


O escritor e tradutor Marcelo Rayel apresenta, nessa mostra, texto inédito que aborda o sagrado dentro de um elemento contemporâneo e pertencente aos nossos dias: o gene. Em abordagem epistolar, o sagrado, a crítica ao moderno e o amor constituem a obra que será exposta em painéis.

A mostra ainda conta com imagens e fotos do coletivo de autoria de Fabiano Ignácio, que recentemente participou de concursos internacionais e assinou sua primeira mostra individual Belas & Feras, no final de 2012. Em breve, apresentará sua segunda mostra, Cores do México.

A Galeria de Arte Braz Cubas fica no 2º piso do Teatro Municipal, no Centro Cultural Patrícia Galvão, à Avenida Senador Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias, Santos-SP. A abertura será no dia 17 de outubro às 20 horas. A mostra é aberta ao público de segunda à domingo, das 14 às 20 horas, de 17/10 a 3/11

Assunto: Exposição O Sagrado e o Contemporâneo‏


Fotos
Fabiano Ignacio
Simone Anjos


Exposição O Sagrado e o Contemporâneo 
De 17/10 à 3/11 - Abertura da Exposição dia 17 às 19:30hs

José Manoel
Márcio Garrido
Olegário Monteiro
Villar


Performance
Tatiana Justel

Jeanice Ferreira


Texto
Marcelo Rayel


Fotos
Fabiano Ignacio

Simone Anjos


Músico
Fernando Ramos


Produção
Carlos Bellini 


Horário de Visitação - 14h às 20h

Galeria de Arte Braz Cubas - 2º piso do Teatro Municipal

Centro de Cultura Patrícia Galvão - Av. Pinheiro Machado, nº 48




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