Associação Família Hip Hop leva cultura Hip-hop a moradores do bairro Jabaquara


A comunidade do Jabaquara em Santos, no litoral de São Paulo, conheceu neste domingo (2) um pouco mais da cultura hip-hop. O pessoal que levou diversão para o bairro quis mostrar, principalmente para as crianças, que o melhor caminho é o da educação, da arte e do esporte.
Mais do que música, do que movimentos, hip-hop é um estilo de vida. Cortes de cabelo, bonés e bermudões fazem parte da identidade dessa tribo. Durante todo o domingo, artistas da comunidade passaram por dois palcos montados no pé do Morro do Jabaquara, conforme explica o diretor cultural da Associação Família Hip Hop, Carlos Tatu. "Nosso objetivo é esse, formar profissionais. Tirar a molecada do caminho errado, como aconteceu com a gente. A gente saiu do caminho errado por causa da música, do break, do skate, por causa da cultura de rua. Tenho certeza que daqui vão sair mais profissionais. O que passo para a molecada é para nunca parar de sonhar, eu sempre sonhei, sempre corri atrás”, afirma Tatu.

 


A galera do basquete mostrou habilidade. Os cantores levaram as rimas duras e inteligentes do rap. E teve também o equilíbrio dos b.boys. A velha guarda do rap de Santos resolveu se reunir e levar às comunidades a cultura das ruas e formou assim a Associação Família Hip Hop.
“Vi um parceiro meu, que começou pequenininho, agora está fazendo o que nós fazíamos antes”, disse o cantor de rap, Giba.
 

 O objetivo da Associação não é apenas passar e proporcionar um dia diferente. É mudar a comunidade e deixar sua marca. “Estamos ganhando aqui uma meia dúzia que já leva jeito para a coisa, tanto para dançar quanto para rimar. Ano que vem a gente vai ver novas caras e novos adeptos do hip-hop”, disse um dos participantes.
Aos poucos, as mensagens vão sendo deixadas em pedaços de madeira, nos muros. É o grafite, que dá cor às paredes vermelho- tijolo ou cinza-cimento. O aerografista Daniel Alves sabe a importância da presença desses exemplos para as crianças. “A criançada gosta muito de desenhos, se espelha nos artistas, no pessoal que dança. Nos mostramos para eles um outro tipo de caminho”, conclui Daniel.

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