Poesia - Aprecio de ti, oh! Donzela, as madeixas

Aprecio de ti, oh! Donzela, as madeixas

aprecio de ti, oh! Donzela, as madeixas
e se ao alcance estiver um segundo
prazer maior não haverá no mundo
e terei assim revogadas minhas queixas

prefiro vagar pobre e imundo,
oh Donzela, mais bela das gueixas,
a pensar que por um instante me deixas
maior será o penar e sofrer profundo.



tenhas-me ao menos por compaixão
a lareira deixas-me dormir como um cão
mas lanças sobre mim teu cobertor.

viver não posso, com essa paixão
e assim, vai-me romper o coração
e irei morrer, verás meu estertor.


Em parceria com a amiga Ge Dias






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