Acariciando-se

Acariciando-se suavemente
Ela deseja que ele avance
Entre eles que nada se interponha
Nem o medo, nem a moral, nem a vergonha
Um lance, só um lance..., ela ainda sonha
Com o príncipe e um romance

Ele atiça seus anseios
Como quem nada quer
Esquece que no corpo dela
Vive uma alma de mulher
Onde nada mais deseja
A não ser, ser muito amada
Como o lindo romance
Dos contos de fada
E ele sendo o príncipe
Acariciando sua amada

Que o príncipe que ela espera
Pronto esteja para cortejá-la
E no avanço lento das eras
No oportuno momento
Que não tema em expor seu sentimento
E frente a ela não perca a fala
Pois dona de si, diz que és
Uma loba em pele de menina
Uma leoa em corpo de mulher

Que ela saiba perceber seus desejos
E não o deixe em defensiva
Pois no corpo da mulher-leoa
Vive sedenta a fera ativa
Que quer ser livre, correr
Enfrentar a tempestade
Amar, curtir, ser feliz...
Sem achar que isso é vaidade

Hoje se finda uma estação
E a ela se juntam outras tantas
Poesia igual a esta, farei tantas quantas
Pedir o meu coração
Mas a fera que ao príncipe se excita
E que com beijo se domestica
Jamais tocarei com vara curta não
O que de encantado no início
Docilmente se aparentava
Arde e percorre o corpo como brasa
Consome tudo onde passa
Como tsunami dos trópicos
E em movimentos utópicos
E explode como vulcão em lava.

Estações se findam e reiniciam
Como num vaivém, em recomeços
Inspirações e poesias também
Viram a vida do avesso
O príncipe e a fera seguem o rumo
Ele temendo, ela em alerta...
Vara, penas ou teclado
Corpos... fogo... movimentos...
Utopia..encanto...explosão...
Doce descanso.

Dueto Kedma e Fernandes 22/12/2009 00:04 h

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