13 de Maio de 1888
"Declara extinta a escravidão no Brasil. A princesa imperial regente em nome de Sua Majestade o imperador, o senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.
Manda portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.
O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e interino dos Negócios Estrangeiros, bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho de sua majestade o imperador, o faça imprimir, publicar e correr.
Dado no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º da Independência e do Império.
Carta de lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o decreto da Assembléia Geral, que houve por bem sancionar declarando extinta a escravidão no Brasil, como nela se declara.
Para Vossa Alteza Imperial ver".
ÁUREO MOMENTO NEGRO


De além-mar iniciava a navegação,
Que trazia em seu porão
Uma triste realidade.
Negreiro o nome do navio era
Trazendo de africanas terras
Homens e mulheres sem liberdade.

Como animais foram tratados
E assim por muitos considerados.
A mão de obra involuntária,
Produto de venda para o engenho,
E muitos se foram em lutas solitárias
Barbáries,que aqui citar vontade não tenho.

E quem foram os bárbaros lusitanos?
Quem são os escravos deste lado do oceano?
Vejamos tudo o que foi feito,
Olhemos ao menos uma vez para trás,
Para que hoje tivéssemos direitos
Muitos lutaram e morreram,um salve aos nossos ancestrais!

Rui Barbosa,Castro Alves,Nabuco e Zumbi...
Toques fúnebres vieram da senzala por aqui
Viva! Ao negro e a todos os santos
Do atabaque a dança dos negros da capoeira
Dos restos da comida dos brancos
A tradicional comida brasileira.

A mãe de santo convoca todos os Orixás
Isabel tira a coroa e se põe a dançar
Nossa liberdade ninguém nos tira
O novo feitor usa de calúnias colocando-nos à prova
Antes no tronco nos fez muitas feridas
Da senzala para a favela realidade de agora.

Dizem que não passávamos do vulgacho
Pela sociedade fomos desconsiderado no passado
Posto como sempre de lado
Brasil mais de quinhentos anos de história
Negros sempre à procura de espaço
Olhamos para trás e não vemos tantas glórias


De tempos em tempos líderes aqui e ali
Luther King,Malcon X,Mandela ,Obá,Zumbi…
Surgindo da favela para a fama
Talento e força de vontade temos, eu sei
A razão, sei que não me engana,
Negros uni-vos chegou a nossa vez.


FERNANDES OLIVEIRA

Nenhum comentário:

Postar um comentário